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Custos de armazenagem no comércio exterior: quais são e como reduzir?

Saiba quais são os custos de armazenagem no comércio exterior, como eles são compostos no modal marítimo e aéreo e como reduzi-los nas suas operações.

Neste artigo falaremos dos custos de armazenagem no comércio exterior, seja para quem está iniciando o processo de importação ou quem já tem experiência. Esperamos que você possa ter uma visão completa dos impactos, a fim de evitar custos extras desnecessários em seus processos de importação.

O que é armazenagem no comércio exterior?

A armazenagem é a alocação de mercadorias em local designado para seu devido armazenamento, a fim de facilitar a movimentação de entrada e saída, seja de produto acabado ou da matéria-prima.

Em suma, a atividade de armazenagem está interligada à gestão da cadeia de suprimentos e exerce um papel fundamental nela. Os importadores buscam cada vez mais a redução dos custos de armazenagem no comércio exterior, especialmente para aprimorar sua capacidade de produção e a distribuição dos seus produtos em tempo recorde.

O que é armazenagem em terminal alfandegado?

Para as empresas que atuam no comércio exterior, ter a exatidão dos custos envolvidos durante o processo de despacho pode ser complicado, pois durante o percurso imprevistos eventualmente surgem, seja devido ao aumento dos preços das matérias-primas, erros na documentação, custos dos prestadores de serviços ou até mesmo pela declaração de importação direcionada para canal de conferência aduaneira, o que pode gerar enormes dores de cabeça.

A armazenagem alfandegada pode ser uma chave importante aos importadores e exportadores, considerando que o papel fundamental dela é prezar pela segurança das mercadorias em sua posse e armazená-las respeitando suas particularidades, por exemplo: cargas IMO e refrigeradas.

Segundo o Art. 3º do Regulamento Aduaneiro (RA), Decreto nº 6.759, de 05 de fevereiro de 2009, esses locais podem ser divididos entre zona primária e secundária.

“Art. 3º A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange:

I – a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local:

a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;

b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e

c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e

II – a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo”.

TECA

TECA (Terminal de Carga Internacional Aérea) são aeroportos localizados em zona primária e estão distribuídos em nove regiões do território nacional. São responsáveis por armazenar as cargas trazidas pelo modal aéreo e foram grande destaque durante a pandemia de COVID-19, já que o aéreo foi o modal mais utilizados para distribuir vacinas, agulhas e demais produtos de saúde para enfrentamento da pandemia.

Terminal Portuário

É um local que possui infraestrutura adequada para receber cargas oriundas de importação ou exportação, executando vários serviços, dentre eles, por exemplo:

  • atracação do navio;
  • armazenamento;
  • movimentação das mercadorias; e
  • atividades administrativas.

Pontos de Fronteiras Alfandegados

São pontos de circulação de mercadorias, veículos e pessoas nos quais atuam os agentes federais responsáveis pela fiscalização da Receita Federal do Brasil (RFB).

Portos Secos

Localizados na zona secundária, são fortemente utilizados para fins de redução de custos de armazenagem. Isso se dá principalmente levando em consideração que eles mantêm uma tabela atrativa se comparados à zona primária, e neles também são executados os mais diversos serviços.

CLIAs

A função principal de um Centro Logístico Industrial Aduaneiro é o escoamento de mercadorias, sejam elas de importação ou exportação.

Geralmente possuem uma tabela atrativa em relação aos recintos localizados em zona primária. São aqueles casos que o importador necessita deixar os produtos armazenados por um longo período ou simplesmente transferir seus contêineres via DTC para zona secundária, por exemplo.

Como os custos de armazenagem no comércio exterior são compostos?

Destaca-se que a RFB, para fins de fiscalização e controle, tem como sistemática os canais de conferência aduaneira na importação: verde, amarelo, vermelho e cinza.

No canal de conferência verde o andamento dos trâmites segue normalmente, para fins de liberação no terminal e carregamento da carga. O gargalo maior, certamente, é quando declaração de importação é parametrizada nos demais canais de conferência, que geram a retenção das mercadorias, para fins de análise das informações prestadas. Normalmente verifica-se no Siscomex Web informações relativas à legislação aduaneira, tributária e a carga propriamente dita.

A retenção da carga pode variar dependendo da região de análise da RFB, quer seja em razão da alta demanda das importações, quer seja pela falta de pessoal ou paralisações do sindicato. No final das contas, quem acaba pagando pelos custos extras de armazenagem é o importador.

É importante que ele faça uma prévia de custos de armazenagem com base em seu planejamento logístico antes de cada importação, pois dessa forma será possível ter noção de valores que vão agregar ao custo da mercadoria final.

Modal marítimo

A contagem da armazenagem é iniciada mediante a confirmação de entrada ou descarga das cargas em suas dependências.

Ressalta-se, portanto, que os recintos dividem as cargas nos seguintes grupos: granéis sólidos, líquidos ou gasosos, cargas em contêineres e carga em geral. Essa identificação é realizada através do recebimento das informações por parte dos armadores e importadores/exportadores, com base nelas é feita a distribuição das cargas para cada local adequado dentro dos recintos.

Os fiéis depositários se baseiam no valor CIF das cargas para realizar a cobrança da armazenagem. No marítimo é necessário garantir o bom andamento do processo, já que o tempo de liberação da carga pode consumir o free time e gerar grandes prejuízos. Um exemplo disso, afinal, é a cobrança de demurrage, que se soma aos custos de armazenagem no comércio exterior.

Infelizmente, essa cobrança não é fixa, e sim diária. Em resumo inicia-se a contagem a partir da chegada no porto de destino e encerra-se somente após confirmada a entrega dos contêineres no terminal de devolução do armador.

Modal aéreo

Após a chegada da carga no aeroporto, verifica-se as informações no Conhecimento de Embarque, que neste modal é representado pela sigla AWB.

Caso a carga tenha parametrizado em canal diferente do verde, serão feitas checagens entre o que foi declarado no documento e o encontrado na carga física. Concluída essa etapa, a mercadoria é destinada ao TECA, para fins de etiquetagem e controle do armazém.

O modal aéreo tem fama de ser caro, isso é fato. Principalmente devido ao alto valor do combustível utilizado nas aeronaves, além do valor do seguro, frete, segurança e armazenamento que são fatores principais. Assim, utilizar esse modal requer atenção, já que quanto mais pesada a carga maior será o custo de armazenagem cobrado pelo aeroporto, que considera o valor CIF para o cálculo da cobrança.

Como reduzir custos de armazenagem no comércio exterior?

Agora que você já se inteirou sobre os custos de armazenagem, com certeza percebeu que todo o esforço para reduzi-los impactará diretamente na margem de lucro da operação, certo?

Nós do Grupo Level trabalhamos em prol do crescimento de nossos clientes e, por isso, elaboramos um compilado de boas práticas para servir de inspiração aos seus negócios. Veja a seguir.

Realizar um planejamento logístico

Muito mais importante do que controlar o estoque, é interpretar os resultados obtidos por meio das métricas que têm como objetivo melhorar a previsibilidade das importações e exportações.

Otimizar o armazenamento de produtos

A dependência de matérias primas importadas é a realidade de muitas plantas fabris localizadas no Brasil. Isso significa que o armazenamento deficiente pode comprometer a eficácia do Plano de Controle de Produção.

Nesse sentido, a definição de um bom layout visando o máximo aproveitamento de espaço é essencial para otimizar a gestão de armazenamento das mercadorias classificadas como carga geral.

Além disso, existem algumas ações estratégicas de otimização que podem ser adaptadas à realidade do seu negócio tais como: planejamento, coordenação e controle.

Realizar parcerias confiáveis com seus fornecedores e prestadores de serviços

O sucesso da operação depende de planejamento logístico, mas também depende da eficiência de todas as atividades operacionais. Portanto, nutrir um bom relacionamento entre todos os atores da cadeia de suprimentos é fundamental para exportadores e importadores.

Negociar tabela de armazenagem

Qualquer terminal de cargas conta com uma tabela de preços padronizados. No entanto, isso não significa que eles não possam ser negociados, especialmente com antecedência e se o volume médio de movimentação for razoável.

Essa prática poderá ajudar a reduzir os custos de armazenagem no comércio exterior, caso precise. Afinal, por maior que seja o esforço feito para liberar a carga importada na aduana, certas circunstâncias relacionadas ao processo de despacho aduaneiro podem levar mais tempo do que o previsto dependendo do tratamento administrativo da mercadoria em questão.

Negociar tempo maior de free time junto ao armador e taxas de sobreestadia

Em linhas gerais, o free time pode variar de 5 a 30 dias. Entretanto, na maioria das vezes o agente de cargas ou a companhia de transporte internacional contam com certa elasticidade – a depender da rota, é claro.

Aconselhamos que esse prazo seja questionado antes mesmo da contratação do frete internacional, uma vez que pode ser fator impeditivo para a conclusão da negociação.

Sob a ótica do importador, quanto maior for o free time, maior será o tempo que ele terá para nacionalizar a carga, transportá-la ao seu destino, descarregá-la e devolver o contêiner sem prejuízos.

Conte com o Grupo Level para reduzir os custos de armazenagem do seu processo de comércio exterior

Considerando o cenário atual, é importante que importadores e exportadores contem com um parceiro confiável e que possua conhecimento de todo o processo da cadeia logística, especialmente para minimizar os custos de armazenagem e outros custos envolvidos nos seus processos.

Portanto, contar com uma empresa como o Grupo Level faz toda a diferença para a sua redução de custos.

Contamos com uma equipe de profissionais capacitados para auxiliar nas mais variadas atividades do comércio exterior.

Entre em contato conosco para ajudarmos a melhorar o fluxo dos seus processos e garantir o sucesso da sua importação ou exportação.

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